sábado, 23 de dezembro de 2023
sexta-feira, 23 de dezembro de 2022
Feliz Natal e um Ótimo 2023
Em termos pessoais, apesar dos muito
desafios, 2022 não tem sido um ano particularmente feliz. Recordo-me, no
entanto, do que pedia há cerca de um ano. Poder dar um beijo, um abraço, livre
do Covid...
A vida deu-me isso e muito mais. Aprender
a ser feliz com o que temos é uma grande virtude. Talvez a maior!
Há apenas uma semana terminou o campeonato
do mundo de futebol. Surpreendentemente, para mim, um excelente espetáculo
desportivo. Sou um apreciador do rigor e do método dos alemães. No futebol
isso conduziu a 4 campeonatos do mundo. Os argentinos têm muito de
genial. No futebol isso deu 3 campeonatos do mundo. Nos brasileiros tudo é
alegria e samba. E no futebol isso deu 5 campeonatos do mundo.
Imaginem a melhor filarmónica do mundo,
alemã, provavelmente o maestro mais genial da atualidade, argentino, e a alegria
musical do Zéquinha de Abreu, brasileiro. Isso não dá uma música de natal, mas
resulta numa interpretação que me faz pensar que 2023 será fantástico. É isso
que desejo!
sexta-feira, 24 de dezembro de 2021
Feliz Natal e, agora sim, um 2022 normal
quinta-feira, 2 de setembro de 2021
Nacional 2
Etapa 6 – Ferreira
do Alentejo - Faro - 142 km
A saída de Ferreira do Alentejo foi por volta das 8h, com um nevoeiro
matinal fresquinho. Como o alojamento não tinha pequeno almoço, parei no
primeiro café aberto para comer qualquer coisa. À saída de Ferreira do
Alentejo, tal como à chegada, a N2, que aqui se chama R2, está muito mal.
Parece que a estrada não é única no país, varia de dono de distrito para distrito!
O início da etapa é muito rolante. Verdadeira planície alentejana, passando-se por Aljustrel e Castro Verde. Aljustrel é terra de mineiros e, graças às minas de Neves-Corvo, a vila possui uma dimensão apreciável. Continuei a pedalar até Castro Verde, onde fiz a primeira pausa para reforço alimentar. Em Castro Verde cruzei-me com uns motards de Mafra que já me vinham a acompanhar há um par de dias. Curiosamente cheguei exatamente ao mesmo tempo que eles a Sagres.
Após esta pequena pausa segui decidido até
Almodôvar, sempre pelo meio da típica paisagem Alentejana, embora a ondulação
do terreno começasse a aumentar.
Após Almodôvar inicia-se a serra algarvia, o que torna a subida ainda mais complicada. Ele sobe e desce constantemente. Decidi parar a meio da Serra, para almoçar, o que aconteceu em Ameixial. Um barzinho com uma pequena represa, fantásticos. Senti-me tentado a dar um mergulho, mas fiquei preocupado com as consequências de pedalar com os calções molhados.
Após o almoço, continuação da subida da serra até ao ponto mais alto da serra do caldeirão, à cota 569 m. Apesar do cansaço, as vistas do topo e a paisagem da serra algarvia merecem uns minutos de paragem
Desde o topo, até Alportel, o percurso é
tendencialmente a descer, mas num constante desce e sobe. Após São Brás de
Alportel, aí sim, a sensação de que o objetivo está completo aparece! São 16 km
sempre a descer ou com pequenos planos.
A chegada a Faro é feita com muito trânsito
e a N2 termina numa rotunda ainda com mais trânsito. É difícil atravessar a
rotunda para a foto da praxe, e os automobilistas não facilitam. No meio de
tanta rotunda autárquica, talvez a mítica N2 merecesse algo mais nobre no seu fim!
Amanhã farei um balanço do percurso, e da beleza contrastante do nosso Portugal. Mas neste período de eleições autárquicas incomoda a poluição visual de tanto cartaz espalhado pelo país. E além das caras, que diferem, a mensagem é igual em todo o país: força, confiança, mudança, o futuro começa hoje, fazer melhor… Para um observador de fora, mais racional, isto só afasta as pessoas da política!
O desafio valeu a pena e julgo que o
repetirei. Mas não o voltarei a fazer sozinho. Concretizada a parte N2, amanhã
pedalarei até Sagres, que é a nossa Finisterra!
Distância percorrida – 142 km
Acumulado de Subidas – 1319 m
Tempo a pedalar – 7h19m
Nacional 2
Etapa 5 –
Montargil – Ferreira do Alentejo - 131 km
A saída de Montargil teve o tónico da vista do nascer do Sol sob a barragem, o que me obrigou, ao fim de 2 km, a parar para a primeira foto do dia.
A seguir a Montargil o percurso foi rolante, no meio da típica paisagem
alentejana. Retas intermináveis, no meio de campos de cereais, plantações de
oliveiras, e a estrada sempre rodeada por sobreiros ou pinheiros. A cada nova
reta a paisagem é igual, mas igualmente deslumbrante, e por isso nunca cansa de
admirar.
Após o almoço arranquei sozinho, já que a minha nova companheira dizia que tinha de descansar meia horita a seguir ao almoço. A próximas paragem foi em Alcáçovas, terra que me obrigou a fazer um desvio para passar no centro, por curiosidade histórica. Uma vez, ao pesquisar informação sobre a casa da minha avó, que era brasonada, li que tinha tido uma ligação aos condes de Alcáçovas. Não fazia a mínima ideia onde ficava tal terra! Passei a saber agora, com uma visita rápida ao centro.
Continuei então o meu ritmo de pedalada mas voltei a ser apanhado pela
Maria Areias a 13 km de Ferreira do Alentejo. Mais uma vez forcei o ritmo e, mais
uma vez, apanhamos uma molha, desta vez mais leve. Chegados a Ferreira bebemos
os dois uma preta e fizemos um brinde.
Cheguei mesmo bastante cansado. Acompanhar uma triatleta com menos 15 kg na
bicicleta não foi fácil! Felizmente o alojamento, desta vez, tinha piscina e terminei o dia com um belo mergulho na piscina.
Distância percorrida – 137 km
Acumulado de Subidas – 1270 m
Tempo a pedalar – 6hh55m
terça-feira, 31 de agosto de 2021
Nacional 2
Etapa 4 –
Pedrógão Grande – Montargil – 131 km
A saída de Pedrógão grande foi um bocadinho
mais tarde, para aproveitar 5 minutos de conversa com dois automobilistas, do
Porto, o Vítor e a Cristina, que andavam há 3 dias a cruzar-se comigo.
Atravessa-se o Rio Cabril na barragem com o mesmo nome e a vistas são magníficas, quer as da albufeira quer as do fio de água, a jusante.
Até à Sertã não acontece nada de muito
relevante, embora sejam muitos os troços onde o sobreiro começa a ladear a estrada.
Na Sertã, pausa para um café. Apesar do rio e de um parque engraçado, a cidade
claramente precisava de mais qualidade arquitetónica dos edifícios.
Após a Sertã, até Abrantes, a N2 foi
requalificada sendo uma via semi-rápida. Nada interessante, a não ser pelas vistas,
mas sem qualquer ligação às terras.
O primeiro filme de animação que vi com o
meu filho mais velho foi o Cars.
Perdido em Radiator Springs, o Faísca
McQueen aprende a gostar daquela terra perdida e esquecida. As estradas eram feitas para se
chegar, não para se passar.
Antes de chegar a Vila de Rei fiz um desvio
até ao centro geodésico de Portugal. 700 m de desvio com uma subida de 100 m,
mas vale realmente a pena pelas vistas.
A grandes dificuldades da etapa estavam ultrapassadas e o almoço foi em Abrantes, mais uma vez num café à beira da N2. A primeira pergunta que me fizeram foi se eu queria o carimbo. Respondi que estava a fazer a N2 mas não ligava muito a isso. No entanto, no final, lá pedi um passaporte e coloquei o respetivo carimbo. É o único!
De Abrantes até Montargil o percurso é
muito rolante, apesar do calor e, hoje, do vento sul, que parece que cansa mais
do que algumas montanhas. Mas a vista da albufeira de Montargil deu o empurrão
que faltava, embora Montargil seja num alto.
Acumulado de subidas – 1352 m
Tempo a pedalar – 6h54m